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Autossabotagem: 5 razões por que ela acontece e como a superar.

  • Foto do escritor: Gustavo Aurélio
    Gustavo Aurélio
  • 28 de dez. de 2024
  • 3 min de leitura


como lidar com a autossabotagem

A autossabotagem é uma situação na qual impedimos o progresso dos nossos próprios objetivos. Muitas vezes acontece de forma recorrente e pode se estabelecer fora da nossa percepção. Embora possamos nos tornar conscientes desse padrão, identificar como agir nesses momentos nem sempre é uma tarefa simples.


Vamos analisar algumas razões pelas quais este evento ocorre:


1. Medo do fracasso ou do sucesso: não concluir algo pode parecer preferível à concluí-lo, mas com um resultado insatisfatório; então procrastinamos porque ficamos com receio de fracassar neste projeto. Por outro lado, podemos temer o sucesso se não conseguirmos sustentar as consequências de uma conquista. Como exemplo, ter de assumir novas responsabilidades e não darmos conta delas.


Nessas duas situações, existe um receio em se quebrar a segurança de algo que nos é familiar e conhecido, mesmo que não seja necessariamente positivo. Veja que situações como essas não são necessariamente fáceis de serem conscientizadas.


Um caminho a seguir: busque ter clareza daquilo que efetivamente você deseja. Avalie se o preço que você paga hoje, que é a desistência ou o desvio do seu foco, realmente vale mais do que a superação deste momento.


2. Vínculo com o passado e auto estima rebaixada: situações antigas nas quais saímos emocionalmente abalados, como traumas da infância, dificuldades em ambientes de trabalho ou o sentimento indevido de culpa diante da possibilidade de termos melhores resultados na vida do que nossos pais ou do que nosso grupo de amigos teve, podem ser uma causa que restringe nosso progresso. Isso acontece por não nos sentirmos capazes ou merecedores desse avanço.


Um caminho a seguir: procurar entender que a conexão do passado com nosso presente não precisa ser uma âncora nos prendendo àquilo que ocorreu. Somos livres para ter nosso próprio caminho. Ressentimentos sobre momentos difíceis trazem para o presente dores que podem ser reforçadas dia após dia pelas lembranças, esvaziando nossa capacidade de iniciativa. Portanto, é importante lembrar de usar o passado só como uma referência de aprendizado, mas não como um companheiro de jornada.


3. Perfeccionismo: a vontade de fazer coisas com perfeição facilmente acarreta em procrastinação e consequentemente leva à autossabotagem. Isso acontece simplesmente porque a pessoa pode evitar começar algo por sentir que não terá o resultado que espera. É como se as coisas se dividissem em extremos: ou o resultado será exatamente como desejo, ou não servirá para o programei.


Um caminho a seguir: muitas vezes o que importa não é o esmero, mas a existência de um resultado. Claro que uma entrega super bem feita é excelente, mas uma entrega boa é melhor que ela não existir. Avalie se por trás da busca pela excelência não há uma tentativa de se compensar alguma insegurança, como o sentimento de inadequação ou rejeição. Nesse caso, o trabalho perfeito equivaleria à concretização de que, por meio dele, não somos inadequados ou rejeitados.


4. Percepções negativas sobre si ou sobre o mundo: tais conceitos que podem ter sido construídos por meio das nossas experiências ao longo da vida. Eles desencadeiam comportamentos que dificultam o alcance dos objetivos ou a realização pessoal. São percepções como estas: “As pessoas sempre me decepcionam”, “Nada na vida dá certo para mim” ou “Não sou bom o suficiente”.


Um caminho a seguir: busque ser justo consigo. Habitue-se a observar se as percepções negativas que tem sobre si são realmente verdadeiras ou apenas a repetição de um hábito consolidado ao longo do tempo. Quem gosta de você enxerga você da mesma forma? Por outro lado, nos aspectos em que de fato precisamos mudar, que enfrentemos essa tarefa com coragem e determinação!


5. Medo de mudança: nada melhor do que nos sentirmos confortáveis. Mas o que era conforto ontem, hoje pode ser só um analgésico, camuflando a necessidade de mudarmos. Isso acontece especialmente se o que vier pela frente for algo desconhecido, trazendo medo e portanto nos paralisando no tempo.  


Um caminho a seguir: enxergar o desconforto como um sinal de que enfrentá-lo pode nos trazer crescimento. Devemos investigar o que realmente nos impede de avançar e lembrar que o medo nem sempre indica um perigo real, mas é parte natural do processo de mudança. Focar nas conquistas obtidas ao avançar, em vez de no medo, é uma estratégia. Uma boa dica é começar com pequenas mudanças graduais, pois, à medida que damos esses passos iniciais, percebemos que outros também se tornam possíveis.


Reconhecer as causas que nos levam à autossabotagem, como o medo, o perfeccionismo, a baixa autoestima e os vínculos com o passado, e atuar para enfrentá-las, é um processo que norteia nossos passos em direção a concretização de nossos objetivos e à nossa realização pessoal.

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